segunda-feira, 18 de maio de 2009

Ó piíssimo Jesus!


Existirá alguma coisa capaz de tocar e equilibrar toda a dor que dilacera a esperança daqueles que tão pouco sabem ao que serão submetidos? As condições!
Uma oração eficaz!

Dias em que tenho só rezado!
Em que nada me restou fazer do que rezar por aqueles que de tão pior já se mostram incapazes de esperar conscientemente...
Isso pode me fazer frio e insensível.
Meu medo.
Isso deve doer forte em mim também.
Não posso ficar em paz ao ver todo esse tempo
O cotidiano não pode me desumanizar.
Não mesmo.
No fim
Veremos que tudo isso nem importa
E que todos tem o mesmo risco
Mas...
Mas isso me deixou inquieto...

ninguém imagina tal desfecho para si
mas eles aconteceram
Tenho deixado espaço demais para eu próprio...
E espaço vazio
Desprender-me
Isso é urgente.
Uma oração... Uma reza...
Não me resta outra coisa por esses dias...
Tende, pois, piedade dele, ó meu Deus!

Ó piíssimo Jesus, ó Senhor,concedei-lhe o repouso eterno.
Amém.



Lariucci

domingo, 3 de maio de 2009

Dia de lágrimas


Sinceridade: não estou aqui.
Dei uma pausa na insanidade de tudo.
Roguei por mim só.
A fé é pouca, e nisso eu concordo.
Perto estou de uma fase de extremo desanimo
É desconcertante pensar além.
É angustiante saber do pouco
Do muito pouco
Uma opção: insanidade?
Isso faz sentido. E também nisso concordo.
Não estou bem certo dos traços de amarguras
Que percorrem os meus
Como ser capaz de enxergar novos dias?
Não me falem de pessimismo
Isso não é receita de auto-ajuda e nem é tão pouco simples.
É mais.
A dor que é justificativa de tudo tornou-se a realidade dos olhos mais aguçados
E é ela sentida por aqueles que conseguem dar a sua alma um pouco mais de sensibilidade.
O grande problema não é a reserva, o bem estar, a felicidade!
Não posso.
Agora, no jogar dessas linhas, falta-me a ampla visão.
Tirei a ilusão.
Coloquei-a no chão e pisei.
Massacrei.
Maldita neblina que brincou com o meu senso.
Com o meu juízo de realidade.
E me fez sofrer.
Relevem as letras... o pesar... e tudo o que agora não mais me lembro de cor.
A memória falha. É muito.
Só sobraram restos, e tenho dificuldade de juntar fragmentos e pedaços soltos.
Quanto de mim? Quanto de mim restou!?
Dia de lágrimas.
Senhores!!!
De que???
De que me vale uma canção fúnebre!?
Se já não posso ouvir mais...
Não.
Não por hoje.